3.21.2006
iii. Silêncio Completo
"Mas é na noite... no silêncio de mundos por muito esquecidos que nossos piores medos ecoam pelas brumas...

O Jovem acorda ao meio da noite, não mais com a grande Lua para iluminar seu caminho, e vê o que seus olhos mal foram capazes de agüentar. Um ser de tamanho colossal, absolutamente negro, com olhos brilhando em cores que nenhum ser vivo podia descrever. Ele tenta fugir, porém a aberração é extremamente veloz. Enquanto corre por sua vida na escuridão, o destino lhe prepara um grande buraco, que ele não foi capaz de ver na escuridão. Ele cai.....
Cai até...

Acordar.

Somente um sonho. A escuridão ainda é intensa, ele mal sabe onde se encontra.
Ele da um passo para o lado tentando encontrar seus equipamentos e cai. O buraco não era imaginário, porém dessa vez ele consegue se prender a uma rocha. Agora, nem mesmo as poucas estrelas que haviam no mundo onírico são capazes de iluminar onde o jovem estava. Somente escuridão. Acima, um mundo absurdo dentro de uma realidade única, e abaixo um abismo talvez sem limites. Ele insiste mas não consegue subir. Ele pensa sobre o absurdo que estava fazendo... perdido num mundo que nem mesmo seres ancestrais tinham total conhecimento... ele desiste...

Porém algo lhe agarra e lhe puxa para cima. Uma vela é acessa. O Jovem percebe finalmente a face familiar do velho ancião, que salvou sua vida em seu ultimo instante. Com um reza rápida e mágica, o velho traz ambos de volta para a realidade, logo nas entradas do estranho mundo.

O Velho e o jovem conversam por horas, ambos discutindo sobre a tolice do jovem. Ele fala que aqueles mundos são os reflexos de nossas próprias mentes. De certo modo, a própria realidade é alterada de acordo com as mentes de cada ser humano. Assim todos os serem vivos constroem uma realidade própria, e alteram levemente a realidade de todos. Mergulhar em mundos oníricos é o mesmo que mergulhar fundo no próprio abismo da mente. Poucos podem olhar para sí mesmos, e simplesmente entender o próprio mundo que criam. Pode-se viver em seu mundo. Mas alterar sua própria realidade é algo que poucos conseguem, sem perder a sanidade, a vida, ou afundar com seu próprio mundo. Alguns precisam de ajuda para sair de seus próprios buracos...

Outros...

...simplesmente se perdem, dentro dos domínios de sua própria casa..."

End.




"Muitos foram os que desceram pelo abismo do inconsciente, sem conseguir voltar. Os manicômios são suas moradias, pois deles é o reino da insensatez. Outros - muitos poucos, apenas os escolhidos - seriam capazes de contar o que há por trás da loucura..." H.P Lovecraft

Escrito por Patric Dexheimer as 9:22 PM

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