4.08.2007
Old Box...
"Os ventos da liberdade sopram ferozes,
guiam seus passos, adiantam seu desejo,
E alguns, acabam por chegar em minha fronte.

O que queres, Espírito Livre?
Um invólucro de qualidades?
Um simpático acompanhante em tua jornada?

Olhe bem em meus olhos,
Pois o que direi não será com os lábios,
Nem serão somente palavras num papel amassado.

Segure firme minhas mãos, não tenha medo...
Olhe bem meus passos, pois nem todos serão nesta Terra,
Não diga nenhuma palavra, está tudo em teus olhos...

Ainda não me encontrastes, mesmo aqui, a teu lado?
Pois peço-te, feche os olhos. E sinta as palavras não ditas...
Os sentimentos inexpressáveis. Os momentos...

Esqueça essa velha casca de qualidades,
Esse pedaço da eternidade...
Que anseia firmemente voltar ao pó mais uma vez...

Diga-me, sinceramente, o que queres.
Fale dos Sentimentos que partem de teu coração...
Pois em min, eles serão eternos...

...dentro desta velha caixinha,
Que chamam de Alma." By Me...





"Alone at night,
I feel so strange ,
I need to find ,
All the answers to my dreams.

When I sleep at night,
I hear the cries,
What does this mean?" Dream Theater - Fatal Tragedy
Escrito por Patric Dexheimer as 6:22 PM | 1 Comentários

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4.01.2007
I - Life Room - That Voice, That Room
"(...)
A mão não treme, mas a gélida visão do local atravessa profundamente minha alma, e não somente através da gelada maçaneta...

- O quarto de tua vida...

A voz ecoa, muito mais pelos espaços indefinidos de minha mente do que pelas cavidades de meus ouvidos. A aparência velha, mofada, e triste do local permanece a mesma desde que me lembro... Talvez ela tenha sido assim desde o início dos tempos...

A porta, não mais para minha surpresa, se fecha com um barulho surdo, porém forte. A velha janela, com vidros desgastados e empoeirados deixam uma pequena luz entrar no quarto, mas ainda assim lembram somente que vagamente a luz do sol. No centro, iluminado por essa quase luz, está um velho barbante com um símbolo preso, usado no pescoço, que deixe cair ali desde a última vez que estive aqui.

-O que queres? A poeira desse local ainda não deixou teus sonhos? Ou está tentando relembrar a razão de terem sido postas em teu inconsciente?

A voz ecoava de todos os lados, apesar de ter posto meus olhos sob o velho baú a direita. Ele estava semi-aberto, e olhar para dentro dele me fez sentir uma forte vertigem e ansiedade, então logo desviei o olhar olhando para um teto, preto, e preenchido por um labirinto de teias de aranhas.

-Sabes que nunca venho para cá com um propósito. Insisto em olhar essas paredes sem quadros, e vazias de vida em busca de alguma coisa além do que meus olhos percebem...

- Tolo! Não percebe que essa casa e você fazem parte de um mesmo pedaço nesse universo! Estás me dizendo que olha para um espelho e não vê nada?

... ou tem medo do que vê?

Demoro a responder, e fico a pensar no espelho... Tive sempre a ligeira impressão de que em algum tempo havia um espelho nesse quarto...

-Não preciso de um espelho... pois posso ver o que quero sem ele. Respondi com tom de confiança, como se olhasse fundo para os olhos com quem converso, apesar da sala continuar sendo ocupada por uma só pessoa.

-Eu sei o que vejo. Sei o que este aposento guarda, mas existe algo... Alguma coisa oculta, algum sentido que ainda não pude ver.

Espero uma resposta sem obter sucesso.

Andando com passadas curtas e lentas, fico vagando indefinidamente pelo quarto... Olhando as pequenas formas que as paredes parecem formar com o tempo. Os retratos no chão. O baú, o símbolo preso ao barbante ao chão. Os vultos que minha sombra forma, que parecem não serem criadas pela luz, e sim por outra força oculta... ou talvez por min mesmo.
Me dirijo a porta, fico a observar o estado de deterioração que ela mantém por décadas, ou talvez mais...

-Já te retiras, ó Buscador?

- Não. Desta vez não.

Sento-me ao canto da sala, e lá fico, como se esperando a reação surpresa da voz que parece vir de Deus.

-Desta vez, não fugirei, ou abandonarei este quarto. Não sem respostas. Não sem um caminho.

Uma pequena aranha me encara no teto sob minha cabeça, talvez admirando a calma, e suposta determinação, ao me ver imóvel a refletir no canto deste quarto.

Ao olhar para o centro do aposento noto que a pequena luz do aposento reflete fracamente no símbolo esquecido no chão imundo. Isso me cria um sorriso singelo, quase tímido, mas como em poucas vezes, verdadeiro.




-Olhe para o quarto...

(...) "
Escrito por Patric Dexheimer as 10:22 PM | 1 Comentários

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Cidade: Guaporé/RS

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