6.28.2006
Sonhos...
As folhas secas caem... desesperadas... pelo frio da noite... e do medo das trevas...
Os Assobios das janelas... essa melodia...

Silêncio... nesta sala...

A cena refletida na memória... vista nos espelhos... alcançada nos sonhos...
O Fim de uma noite solitária...

A agonia de um quarto fechado... Inalcançável...

O frio, que nem as janelas, as roupas, ou a alma escapam...
A Madrugada, daquele que nunca dorme... daquele que nunca desiste...

O Relógio, que marca sempre a mesma hora...

Os Pesadelos, que chama incessantemente... que reconstrói...
Que ergue muros, para derrubá-los mais uma vez...

O Sono... que derruba minha cabeça...
Que apaga minha vista...
Que retorce meus pensamentos...

Até que Ele chegue novamente...
E mostre seu sorriso para min...
Mais uma vez...

...

(Um susto pela madrugada...)

Ahhh!...
Escrito por Patric Dexheimer as 11:32 PM | 1 Comentários

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6.11.2006
Driving Home...
"As luzes já se confundem com as estrelas no céu... Essa música melancólica somente me faz lembrar mais dos velhos momentos que tento esquecer... o relógio marca duas horas da madrugada, e tenho uma longa estrada até chegar em casa... As lágrimas são minhas companhias nesse longe tempo de solidão... O céu parece cada vez mais escuro, conforme minha carteira se torna velha... Na estrada sou somente um carro perdido entre milhares... na vida noto milhões de pessoas perdidas em uma realidade... A lua cheia nasce no horizonte sem pressa... pois sabe que independente de a olharmos ou não, é ela que estará sobre nós durante nossas noites de desalento... e ela sabe bem quem serão as vitimas de sua implacável ira, quando ela cansar de ficar tão solitária quanto eu... Meus olhos já estão cansados dessa estrada... apesar de minha leve embriagues não sinto problemas em dirigir a noite nesse estado... minha vida inteira passei dirigindo sob o efeito de alguma droga... e o álcool ainda é a mais leve delas... Às vezes sinto que estou aqui simplesmente para admirar as auto-estradas iluminadas pelos faróis dos carros e pelas estrelas do céu... muitas vezes eu esqueço que existe uma casa me esperando... Às vezes, sinto que de fato não tenho nenhuma casa a minha espera... As vozes que escuto no meio da noite me seguem... Mesmo que minha música esteja no máximo... e meu carro longe das pessoas... Essa é minha estrada... Verei eternamente esses rostos, que lentamente desaparecem nas trevas desses caminhos... terei também as lembranças que queimam a cada gota de lágrima... terei a bebida para me "guiar" enquanto não adormeço no volante... e é claro, para sempre escutarei essa música que me lembra sempre de que o crepúsculo de minha existência não terá um fim tão cedo..."



"[Reason] You're driving home, It's one PM
You cannot function, you're a broken man
Your past is catching up with you
Only her tenderness can help you through "
Ayreon - Day Seventeen: Accident?



Escrito por Patric Dexheimer as 12:42 AM | 4 Comentários

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6.02.2006
Para Ela.
"A vida tem nos derrotado?
Eu vejo diante dos meus olhos, como se estivesse no meu leito de morte,
lembranças felizes, repletas de luzes, arrancadas de alguma festa, de alguma
noite em que eu esqueci que a noite é noite, horas escuras perdidas no
tempo, com começo e fim e todos os problemas do antes e depois.Vejo os
movimentos frenéticos cada vez mais lentos, o tempo parando... O tempo,
exatamente como o velho que imaginamos, o primeiro a ser derrotado pela
vida, sentado numa viga do teto. Admirando, registrando aquela cena com cada
um de seus detalhes. Com cada um de seus segredos. Nesta noite, todos
esqueceram do tempo. Mas logo serão cinco horas da manhã e logo todos
estarão pensando em ir embora. E todos terão esquecido este maravilhoso
segundo congelado.
A noite tem nos derrotado?
A noite sempre toca os pontos mais fracos da alma humana. As ruas estão
vazias, o ar está frio, a luz adormeceu, o quarto está vazio. Os amigos
foram para alguma festa e eu estou aqui. Sinto falta das luzes, do som
constante, sinto falta dos abraços descompromissados, do toque que "nada
significava" mas que podia devolver o calor para o sangue. Sinto falta das
noites atravessando qualquer rodovia, indo desta cidade para qualquer lugar,
adormecendo no colo de outro amigo, brincando com as feridas de nosso
passado e protegendo nosso futuro das dores que não queríamos sentir outra
vez - apesar de falarmos delas tantas e tantas vezes.
A solidão tem nos derrotado?
E cada vez surgem mais rostos. Por que devo amar um acima de todos? Tão
irônica a vida, me pôs neste corpo. Tão irônica a vida, acabei amando mais
que todos alguém com um corpo tão igual ao meu. Tão irônica a vida, acabamos
amando a mesma pessoa. E agora, meu "eu te amo" para outros pode ferir quem
deveria ser a única pessoa amada? E no final, por amar tanto, vou acabar na
sarjeta, chorando, por que eu mesma não fui amada acima de todos?
Nossos vícios têm nos derrotado?
"Pull another glass for me, another one for you..." Porque o álcool, mais do
que tudo, me arranca do tempo e do espaço. Porque o cigarro, mais do que
tudo, me isola do mundo e do pensamento. Porque tudo que vai me destruindo
por dentro, destrói um pouco da dor, diminui um pouco do vazio. Porque o
álcool, o cigarro e aquele ambiente esfumaçado e escuro me libertam de todas
minhas travas, todas minhas dúvidas, todos meus medos. E todas as
conseqüências para enfrentar fazem eu me lembrar que estou viva. E que
estando viva, me matei um pouco mais.
Nossa consciência tem nos derrotado?
A festa acabou, a semana começou, as provas não acabam nunca, alguns
sacrifícios feitos para estas pessoas, outros sacrifícios feitos para essas
pessoas, alguns sacrifícios feitos para mim. Quem sabe fôssemos um pouco
mais egocêntricos (e muito mais fortes), menos sacrifícios teriam que ser
feitos.
A vida tem nos derrotado, amor. Amores. E ainda assim, não desistimos de ser
felizes. No final, tudo se tornará mecânico, tudo será feito porque tem que
ser feito, e num desses baixos da vida, vamos desistir de voltar para
superfície. Mas ainda não. Ainda não.
A vida tem nos convencido de que não devemos desistir de ser felizes. E
enquanto ela nos convencer a lutar, sim, a vida estará aí, nos derrotando.
Porque nem alegria, nem tristeza nenhuma irá para o túmulo. Seja o túmulo da
mente, ou do corpo.

Com amor, R.

P.S.: Analisando bem... É a vida que nos derrota, mas nós que recebemos o
grande prêmio." Post By Anonymus
Escrito por Patric Dexheimer as 10:23 AM | 2 Comentários

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Idade: 24 Anos
Cidade: Guaporé/RS

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