Como uma nova alma em um velho corpo, que mal consegue juntar forças para existir, me esforço várias vezes em vão para tentar abrir meus olhos. Quando finalmente consigo, lentamente, vejo uma parede forrada de sombras, que se misturam e formam fantasmas, gritando impronunciáveis sabedorias, que como um relógio, voltam a ser sombras, para em seguida se transformarem em meus pesadelos, incontáveis vezes. Lentamente em uníssono eles formam um som enquanto eu ainda tento me sentir vivo e compreender aonde me encontro....

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Por meu corpo passa um gélido arrepio enquanto minha mente se esforça - entre o desejo e o terror de se estar vivo - me dar um fio de consciência. Quando pareço estar perto de consegui-lo, uma explosão surda ecoa em meu ouvido esquerdo, somado a dor extrema de uma agulha atravessando meu cérebro. Sinto meu corpo, mesmo sem tato, a cair lentamente enquanto recebo mais algumas salvas de dores incontroláveis pela minha mente e corpo, somente me deixando mais confuso ao cair, quando sinto minha cabeça descansar sobre algo macio e leve ,como o sono de uma alma que a muito não descansa...