11.15.2006
Free

"... ele corria atrás de todas borboletas que encontrava pelas matas, somente para admirar o bater de asas magnífico que as mesmas tinham durante seu vôo. Estava morando perto de um pequeno bosque e assim podia ir atrás de suas preciosas borboletas sempre que desejasse.

...mas sua vontade era maior. Incontrolável. Precisava vê-las de perto, precisava tê-las a qualquer custo. Sempre. E lá ele foi, com uma rede para pega-las, através do bosque. Quando pegou uma foi correndo para casa, a trancou um viveiro e ali parou para observa-la: - Vamos borboleta! Mostre sua majestade! Batas suas belas asas azuis e cinzas para min. - E o jovem esperou. Porém para sua supressa ela simplesmente encolheu as asas e ficou em seu canto, imóvel.

...ele continuou, durante dois, três, quatro dias observando-a em seu viveiro para que ela mostra-se sua beleza a ele. Nada. No quinto dia a borboleta morreu em tédio sem nem ao menos mostrar uma parte de suas asas para seu algoz.

...mas o jovem era insistente. Lá pelo bosque ele estava novamente atrás de uma nova borboleta. Essa era amarela e preta. - Certamente essa se exibirá para min! - dizia enquanto corria para casa com ela em sua rede. Ele simplesmente não acreditou. A borboleta novamente se encolheu em seu canto e nada fez.

... ele esperou. Esperou. Ao fim do sexto dia a borboleta se encontrava morta novamente, e nem mesmo um traço de sua beleza pôde ser vista.

...- Não pode ser, porque fazem isso? - falava sozinho o jovem enquanto se dirigia ao bosque com sua rede apoiada nos ombros mais uma vez. Desta vez era num tom de cinza-prateado sua vítima. E ao sétimo dia ela morreu.

...Desesperado ele foi ao bosque, e durante um dia inteiro buscou borboletas. Montou um enorme viveiro, e lá colocou tantas quantas ele pode capturar em sua rede, todas juntas. Dezenas, quase centenas delas. Quase que como mágica, ou melhor, como maldição, todas elas fecharam suas asas, e assim ficaram, durante todos os dias, até que a morte veio busca-las.

...Pegou novamente várias delas. Quando chegou em casa olhou bem para todas. Nunca poderei ver a beleza de vocês, não é verdade?, pensava o Jovem vendo a aflição das borboletas enroladas pela rede. - Pois vão, e não voltem mais! - falava ele, enquanto soltava todas novamente para a liberdade.

...- Isso é ridículo! Um complô! Malditas borboletas, nunca mais quero ver uma na frente, matarei todas! - Pensava alto o jovem, enquanto arrumava seu quarto. O sol caia belo no horizonte quando decidiu sair. Fechou com tanta força a janela de seu quarto enquanto saia que a mesma voltou a abrir...

...enquanto pela porta da frente o jovem saia de casa, pela janela de seu quarto, os últimos raios de sol se fundiam com as milhares de asas de borboletas que rodopiavam alegres pelo lado de fora de seu quarto, criando um extraordinário efeito cromático, que só poderia ter sido visto uma vez, e somente porque elas puderam ser o que de fato são: Livres." By Me








...is it, the ambition of the man, that makes the hidden phrase of my site be so true and painful...

Escrito por Patric Dexheimer as 2:13 AM

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Nome: Patric Dexheimer
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Cidade: Guaporé/RS

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